Jacques-Henri Lartigue, Henri Cartier Bresson, Sebastião Salgado, Richard Avedon, Pierre Verger, Robert Capa, Walter Firmo, Helmut Newton, W. Eugene Smith, Otto Stupakoff, Patrick Demarchelier, Alberto Korda, Evandro Teixeira, Elliott Erwitt, Brassaï, Bob Gruen, Annie Leibovitz e Azemiro de Souza, o Miro.
Grandes fotógrafos sempre amaram o preto e branco.
A melhor explicação para essa paixão, ensina que quando alguém vê uma foto colorida, o cérebro automaticamente lança uma série de comandos para que os olhos possam entender todas as cores que existem na imagem. Azul, amarelo, vermelho, diferentes tons e texturas. Isso faz com que inconscientemente o observador perca a concentração. Ele pode até achar que está vendo a imagem como um todo, porque está enxergando tudo que existe nela, mas por conta da variedade das cores, o foco não está naquilo que está sendo retratado de fato.
Já no preto e branco é diferente. A ausência das cores significa ausência de informação: com a ausência de informação o foco se amplia e o observador consegue, dessa forma, enxergar tudo, de fato. Miro sempre soube dessa superioridade do preto e branco, na teoria e na prática. No racional e no intuitivo.
Extremamente culto e informado, mesmo convivendo durante anos com uma surdez precoce, Miro sempre ouviu absolutamente tudo. E sempre falou pouco e baixo. Apenas o necessário.
Suas fotos não valem por mil palavras porque são feitas para dizer única e exclusivamente o que deve ser dito. Sem verborragias visuais.
Essas 12 grandes fotos, que para esta exposição se transformaram também em 12 fotos grandes, foram feitas por Miro nos anos 1970, quando seu trabalho era considerado moderno.
O tempo provou que na verdade já era eterno.
Washington Olivetto
Direto de Londres
04.09.2020
Postado por: Micasa
Categoria: Arte
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